BALSEIROS DO RIO URUGUAI
CENAIR MAICÁ
Am G7 F C E7 Am G7 F G7 C E7
Am G7
(Oba, viva veio a enchente
F
O Uruguai transbordou
C
Vai dar serviço prá gente
Am G7
Vou soltar minha balsa no rio
F
Vou rever maravilhas
C
Que ninguém descobriu)
G7
Amanhã eu vou embora pros rumo de Uruguaiana
C
Vou levando na minha balsa cedro, angico e canjarana
G7
Quando chegar em São Borja, dou um pulo a Santo Tomé
C
Só pra ver as correntinas e vou bailar um chamamé
Am G7
(Oba, viva veio a enchente
F
O Uruguai transbordou
C
Vai dar serviço prá gente
Am G7
Vou soltar minha balsa no rio
F
Vou rever maravilhas
C
Que ninguém descobriu)
Int.
G7
Se chegar ao Salto Grande me despeço deste mundo,
C
Rezo a Deus e a São Miguel e solto a balsa lá no fundo
G7
Quem se escapa deste golpe, chega salvo na Argentina
C
Só duvido que se escape do olhar das correntinas
Am G7
(Oba, viva veio a enchente
F
O Uruguai transbordou
C
Vai dar serviço prá gente
Am G7
Vou soltar minha balsa no rio
F
Vou rever maravilhas
C
Que ninguém descobriu).
Int.
Barranca e Fronteira
Tom: C
Intro:
A Bm7 E7 A F#m7 Bm7 E7 A
A Bm7
Quando chega o domingo eu encilho o meu pingo que troteando sai
E7 A
Rumo as velhas barrancas de histórias tantas do rio Uruguai
F#m7 Bm7
Eu sou fronteiríço de rédea e caniço o perigo me atrai
E7 A
Sou de Uruguaiana de mãe castelhana igual a meu pai
A Bm7
Se a terra não é minha se a vida é mesquinha o que se há de fazer
E7 A
Mas o sonho nasceu e o rio se fez meu e nele vou descer
F#m7 Bm7
Pra encontrar quem me espera morena sincera que é meu bem querer
E7 Am
Meu momento é aí no chão onde eu nasci e onde eu vou morrer
A7 Dm
(Tenho o verde dos campos nos teus olhos
G7 C E/B
E um feitiço maleva que é puro veneno do caminhar
Am E7 Bis
Uma noite serena adormece morena em teus cabelos
Am
E o seu corpo bronzeado é um laço atirado a me pealar)
A Bm7
Tristeza e alegria são meu dia-a-dia já me acostumei
E7 A
Sou de campo e de rio tenha sol, faça frio lá domingo estarei
F#m7 Bm7
Barranca e fronteira canha brasileira assim me criei
E7 Am
Com carinho nos braços galopo meus passos e me torno um rei
( )
A Bm7
Hoje meu dia-a-dia só tem alegrias tristezas deixei
E7 A
Encontrei na verdade a outra metade que tanto busquei
F#m7 Bm7
Barranca e fronteira canha brasileira feliz estarei
E7 Am
Com carinho nos braços da prenda os abraços e me sinto um rei.
RIO URUGUAI
*Mano Lima
Quando Deus fez este mundo fez do rio a veia artéria
A água é sangue da terra lhe digo de cara seria
Sou taura na geografia, tirei cinco na matéria
E a lo largo se me engano, bobagem pouca é miséria.
Meu velho rio Uruguai regra de sangue e de vida
A região missioneira que por ele é repartida
É manso quando nas caixa, é uma fera na subida
Fazendo roncar enchente mesmo que tigra parida.
O Uruguai é meu padrinho, pois nele fui batizado
E é por isso que eu levo jeito de potro aporreado
E aqui recordo cantando aquele velho ditado
Quem dos seus não puxa a raça não passa de um desgraçado.
Minha mãe uma xirua, destas do pêlo trançado
Meu pai um velho chibeiro que ganha a vida embarcado
Nasci num catre de balsa e se não estou enganado
Minha primeira chupeta foi a cola de um dourado.
Viro o mundo pelo avesso e sempre no vem-e-vai
Venho lavar as feridas nas barrancas do Uruguai
Meu velho rio colorado de dentro de mim não sai
E a quem sempre peço a benção como se fosse meu pai.
A água é sangue da terra lhe digo de cara seria
Sou taura na geografia, tirei cinco na matéria
E a lo largo se me engano, bobagem pouca é miséria.
Meu velho rio Uruguai regra de sangue e de vida
A região missioneira que por ele é repartida
É manso quando nas caixa, é uma fera na subida
Fazendo roncar enchente mesmo que tigra parida.
O Uruguai é meu padrinho, pois nele fui batizado
E é por isso que eu levo jeito de potro aporreado
E aqui recordo cantando aquele velho ditado
Quem dos seus não puxa a raça não passa de um desgraçado.
Minha mãe uma xirua, destas do pêlo trançado
Meu pai um velho chibeiro que ganha a vida embarcado
Nasci num catre de balsa e se não estou enganado
Minha primeira chupeta foi a cola de um dourado.
Viro o mundo pelo avesso e sempre no vem-e-vai
Venho lavar as feridas nas barrancas do Uruguai
Meu velho rio colorado de dentro de mim não sai
E a quem sempre peço a benção como se fosse meu pai.
Um Canto Ao Rio Uruguai
Emerson Gottardo
Compositor: Emerson Gottardo
Tom: A
(intro) D A E A
A
Escute esse canto, meu parceiro
E
É o aguaceiro que vem jorrando em cascata
É música brotando entre pedras
A
Num tom sereno, vem fazendo serenata
É o canto que vem das águas correntes
E
Meigas vertentes junto ao pequeno regato
Vão se unindo a outros e mais outros
A A7
Se agigantando, abrindo espaço entre os matos
(refrão)
D
Pra formar o velho Uruguai
A
Vale a pena te contar de coração (2X)
E
És mais que um rio, és melodia, encantamento
A
Desde a nascente até a foz, tu és canção
(solo)
A
Te aprochegue, meu amigo, vem pra costa
E
Quem não gosta de viver em liberdade
Vem se
r feliz, vem conhecer este recanto
A
Deixe as tristezas e amarguras na cidade
Vem ouvir o som das águas, vem cantar
E
Vem ajudar fazer um canto diferente
Um violão junto ao cantar dos passarinhos
A A7
A voz dos tauras e do rio num só repente
(refrão)
Mundo e Carona
Tom: F#
Intr.: D#m B A#7 D#m B G#m A#7
D#m
O sul que me arregla o passo
A#7
Assenta os bastos no meu cavalo
Emala um poncho campeiro
D#m
Buscando aperos para monta-lo
C#7 B D#m
Afirma o pé no estribo
A#7 D#m
Conforme o tino da sua laia
C#7 B D#m
E sangra a saudade xucra
A#7 D#m
Aguando as rugas na minha cara
D#m
A dor que encilha o mate
A#7
Mangueia em parte o que rebanha
E apanha quando se nega
D#m
Banqueando as rédeas do coração
C#7 B D#m
Talvez logo ali por diante
A#7 D#m
Ela se amanse pela campanha
C#7 B D#m
Nos braços de uma milonga
A#7 D#m
Cortando o campo pra Uruguaiana
B D#m |
E saio a camperear saio a camperear no más | (2x)
B A#7 D#m |
Até lavar a alma no rio Uruguai |
B C#7
A lo largo encurtando léguas
F# D#m
Boleio a perna enquanto escrevo
B A#7
E apeio a prosa com o pingo
D#m
atirando o freio
D#m
O amor que sustenta a casa
A#7
Arrasta as garras pela mangueira
E atora acha-de-lenha
D#m
Trocando orelha com a criação
C#7 B D#
m
Assim de violão no colo
A#7 D#m
Esfrega os olhos pela querência
C#7 B D#m
Quarteando outra milonga
A#7 D#m
Atando a doma enquanto pensa
E sai a camperear...
Eu Sou do Sul
Tom: G
D
eu sou do sul
Bm
È só olhar para ver que eu sou do sul
G D/F# Em
A minha terra tem o céu azul
A7
È só olhar e ver
F#7 G Em A7
Nascido entre a poesia e o arado,a gente lida como gado e cuida da plantação
F#7 G Em A7 D A7
A minha gente que veio da guerra cuida desta terra como quem cuida o coração
D
eu sou do sul
Bm
È só olhar para ver que eu sou do sul
G D/F# Em
A minha terra tem o céu azul
A7
È só olhar e ver
F#7 G Em A7
Você que nao conhece meu estado ta convidado a ser feliz neste lugar
F#7 G Em A7 D Am
A serra te da vinho,o litoral te dá carinho O Guaíba te dá um por-de-sol lá na capital
D
eu sou do sul
Bm
È só olhar para ver que eu sou do sul
G D/F# Em
A minha terra tem o céu azul
A7
È só olhar e ver
F#7 G
na fronteira é los ermanos,prenda,cavalo e canha
Em A7
Viver lá na campanha é bom demais
F#7 G
Que um santo missioneiro te acompanhe, companheiro
Em A7 D A7
Se puder vem lavar a alma no rio Uruguai
D
eu sou do sul
Bm
È só olhar para ver que eu sou do sul
G D/F# Em
A minha terra tem o céu azul
A7
È só olhar e ver.
Baile do Sapucay
Cenair Maicá
Tom: G
G D7 G
D7 G
Neste compasso da gaita do sapucay
D7 G
Se bailava a noite inteira lá na costa do Uruguai
G7 C G
Luz de candeeiro e o cheiro da polvadeira
D7 G
Hermanava castelhanos e brasileiros na fronteira
Int.
D7 G
Choram as primas no compasso do bordão
D7 G
E o guitarreiro canta toda a inspiração
G7 C G
E a cordeona num soluço refrexando
D7 G
Marca o compasso do posteiro sapateando
Int.
D7 G
Neste compasso da gaita do sapucay
D7 G
Se arrastava alpargatas lá na costa do Uruguai
G7 C G
Chinas faceiras de um jeito provocador
D7 G
Vão sarandeando, é um convite para o amor
G7 C G
levanta a poeira do sarandeio da china
D7 G
Recendendo a querosene com cheiro de brilhantina
Int.
D7 G
Neste compasso da gaita do sapucay
D7 G
O mandico se alegrava lá na costa do Uruguai
G7 C G
Até a guarda costeira se esqueceu do contrabando
D7 G
E o sapucay chegava a tocar babando
G7 C G
E a gaita velha da baba do sapucay
D7 G
Chegou apodrecer o fole neste faz que vai não vai
Int.
D7 G
São duas pátrias festejando nesta dança
D7 G
Repartindo a mesma herança, comungando a mesma rima
G7 C G
Disse o Sindinho que o Uruguai deixa os nubentes
D7 G
Une o casal continente, pai Brasil mãe Argentina
G7 C G
E disse o poeta que o lendário rio corrente
G7 D7 G
Une o casal continente, pai Brasil mãe Argentina
Int.
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